COLÉGIO NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO:
UMA HISTÓRIA DE MUITO AMOR, DETERMINAÇÃO, CORAGEM E FÉ NO FUTURO
A História do Colégio Nossa Senhora da Assunção de Niterói, Rio de Janeiro tem suas raízes plantadas no ano de 1950, quando um apelo do Papa Pio XII chega aos ouvidos da Congregação das Irmãs Felicianas, especialmente de três Irmãs Felicianas desejosas de colocar seus pés em Terras abraçadas pelo Cristo Redentor. Duas felizes coincidências trouxeram as Felicianas para Niterói: o apelo do Papa e o interesse de uma senhora polonesa, que preocupada com o desenvolvimento cultural de seus compatriotas dirigiu às Felicianas o convite de se estabelecerem no Brasil. Partindo destas duas motivações, em 1950 foi lançada a primeira semente Feliciana em Niterói, e a “água que se esconde” começa a aparecer e a regar esta promissora semente do Carisma nascido do coração de uma mulher igualmente sonhadora e corajosa chamada Madre Maria Ângela Truszkoswka que em 1855 ousou plantar uma semente que nunca mais deixou de crescer!
Nossas três pioneiras, quem são? De onde vieram? Como viajaram até Niterói? Que sonhos traziam na bagagem despojada e simples carregando só o essencial? Nossas pioneiras: Irmã Maria Alexa Trajanowska, Irmã Maria Gualberta Kazmierczak e Irmã Maria Dulcília Rys vieram dos Estados Unidos da América empreendendo uma longa e sofrida viagem feita de navio e chegaram ao Rio de Janeiro no dia 01 de Novembro de 1950. E o Sonho? Buscar o sonho de Deus e a Ele servir com toda generosidade e desprendimento.
Como tudo o que vale à pena, o início da Missão Feliciana em Niterói passou por grandes dificuldades, mas que pouco a pouco foram sendo superadas com a ajuda de Deus e muita determinação, coragem e fé. A casa que lhes fora destinada pertencia ao casal Lincolm e Estefânia Nodari, ele italiano e ela polonesa. Esta casa era um antigo hotel bem próximo da praia na localidade chamada São Francisco; casa esta sem nenhum conforto. Foi necessário muito trabalho e esforço das irmãs para transformarem esta velha casa na primeira morada das irmãs e Casa Central das Irmãs Felicianas no Brasil por muito tempo.
Em março de 1952 em algumas salas adaptadas do velho hotel, as irmãs iniciaram três séries do curso primário. E em julho de 1955 com a ajuda do Sr. Carlos Tolomioti de Oliveira foi dada a entrada ao processo de aprovação da Escola junto ao Ministério da Educação. A aprovação chegou no dia 29 de dezembro de 1955.
Em 1965 com a inauguração da Casa Central das Irmãs Felicianas em Curitiba, a casa de Niterói deixou de ser a sua Casa Central e as irmãs se concentram no funcionamento da Escola cujo desenvolvimento crescente deve-se à dedicação, determinação e coragem de Irmã Maria Dulcília que desde a sua chegada foi depositando suas energias na construção de um mundo melhor para a juventude da região. Com grande esforço por parte das irmãs e com a colaboração dos pais de alunos e dos benfeitores, no dia 20 de setembro de 1970 foi inaugurado festivamente o auditório-ginásio do Colégio.
Embora não sendo mais casa Central das Irmãs Felicianas, Niterói continua sendo o ponto de referência histórica e objeto de gratidão às irmãs que aqui trabalharam; que aqui colocaram seus esforços, muitas vezes silenciosos. A elas a gratidão e o reconhecimento de todos os que beberam desta fonte Feliciana que se misturou à água boa que se esconde e aparece para dar continuidade e acrescentar sempre mais elos na corrente da educação comprometida com os valores Cristãos do jeito de São Francisco de Assis, de São Félix e de Madre Ângela.
Os moradores de São Francisco guardam na memória a presença sempre incansável e alegre da Irmã Dulcília, a primeira Diretora. Ela ousou colocar juntos, na mesma sala de aula, meninos e meninas, prática esta ainda não permitida naquela época. Sua visão de educação muito avançada para o seu tempo, fez do Assunção o pioneiro da educação integradora da escola e da família. “Se meninos e meninos convivem bem em suas casas, por que separá-los na escola”? Esta era a pergunta que Irmã Dulcília sempre fazia a todos os que questionavam sua prática de colocar meninos e meninas na mesma sala de aula. Destemida, ela seguiu em frente sempre fiel ao seu sonho de educar de um jeito novo e ousado, corajoso, numa realidade brasileira não tão voltada para a educação comprometida e inovadora.
O Assunção que vemos hoje tem suas raízes enterradas nos valores defendidos e vividos por nossas pioneiras e por muitos outros que com elas, abraçaram os desafios e as dificuldades como meios de crescimento e de formação de quem é movido pela fé e pela esperança de construírem um mundo melhor.